terça-feira, 13 de julho de 2010

"o marulhar do mundo em minha cabeça, poucas coisas importantes, poucas coisas a mais, a marca do copo gelado no balcão de madeira, minha marca no vento que passou, que passa, poucas coisas, pouco importantes, a vida refletindo-se no verde do licor de menta, meu irrefletir, verde escuro círculo no balcão de mim, cumprindo uma tabela ignorada, noite infinita que sobe pelos corpos como maré cheia, noite finita que desce em nossos ombros lembrando-nos de que ainda não estamos livres, pouco de nós consegue evaporar - talvez ainda não tenhamos pago a conta -, a marca do copo continua ali, a maca do corpo, pouco (talvez o melhor poeta não tenha sido um poeta, talvez a melhor poesia - um verdadeiro haicai - tenha vindo da alma do filósofo que disse:



sei

que

n a d a

sei"

Nenhum comentário:

Postar um comentário