sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

“No escuro da noite, confessa a ti próprio que morrerias se te proibissem de escrever. Procura a resposta nas profundezas do teu coração, no lugar onde as suas raízes se estendem, e pergunte-se: preciso de escrever?”.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

mu dan ça

De um lado o azul,
as nuvens,
os pássaros.

De outro a água,
o barro,
a catástrofe.

sábado, 11 de dezembro de 2010

ela não tem nenhum desejo de transformar o passado em poesia, ela quer dar uma volta ao passado com seu corpo perdido. ela não é obrigada por um desejo de beleza, ela é obrigada por um desejo de vida.
o amor grande mais torna-se inútil, porque nem mesmo a pessoa amada é capaz de suportar tanto. fico perplexa ao perceber que mesmo no amor é preciso bom senso e medida. a vida dos sentimentos é extremamente burguesa.
clarice lispector
freqüentemente, os melhores momentos na vida são quando a gente não está fazendo nada, só meditando, ruminando. quer dizer, a gente pensa que todo mundo é sem sentido, aí vê que não pode ser tão sem sentido assim se a gente percebe que é sem sentido, e essa consciência de falta de sentido já é quase um pouco de sentido. sabe como é? um otimismo pessimista.
eu não sentia nada. só uma transformação pesável.
muita coisa importante falta nome.
joão guimarães rosa
i don’t know why people are so keen to put the details of their private life in public; they forget that invisibility is a superpower.