"Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas e disseram para eu ser feliz..
Mas como eu posso ser feliz num poleiro?
Como eu posso ser feliz sem pular ?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?
Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto
E para meu espanto minha voz desfez os nós
Que me apertavam tanto
E já sem a corda no pescoço, sem as grades na janela
E sem o peso das algemas na mão...
Eu encontrei a chave dessa cela
Devorei o meu problema e engoli a solução!
Ah, se todo o mundo pudesse saber como é fácil viver fora dessa prisão e descobrisse que a tristeza tem fim...
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão!"
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